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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Moonlight: Sob a Luz do Luar – EUA- 2016

Atualizado: 17 de ago. de 2020


Aproveitando a brecha causada pela polêmica do ano passado sobre o #Oscarsowhite, o diretor e roteirista Barry Jenkins, apostou no oposto: um filme com apenas negros onde não apreça, em nenhum momento, nenhum branco. Não importa.

Ok, nenhum problema com isso, mesmo que pareça levemente racismo “invertido” até por conta de outros trabalhos que já exploraram essa ótica, claro que só isso não bastava para construir uma obra nova. Seria impactante e oportuno inserir no roteiro alguns pontos de fácil identificação e apelo emocional dentro do contexto afro-descendentes na América que não estivesse ligado ao já bem “explorado” tema da escravidão.

Algo bastante contemporâneo seria o ideal desde que fossem acrescentados temas polêmicos e do momento como: Identidade sexual infantil + homofobia + Bullying escolar + Mundo das drogas + família disfuncional e, claro, uma mãe problemática; mãe dá certo sempre.

Ótimos ingredientes para um roteiro que, embora já tenham aparecido em vários outros trabalhos, sempre funcionam e podem causar comoção principalmente se estiverem no momento certo, no lugar certo e na hora exata para aparecer.

Também seria, digamos, conveniente, focar sobre a homossexualidade de um negro oprimido, mas sem trejeitos, em um contexto machista e pincelar com uma dose de romance mesmo que Ang Lee já o tivesse feito em Brokeback Mountain em outras pradarias; não importa...

Ah sim, acompanhar o protagonista da infância à maturidade, dividindo a narrativa em capítulos parece um artifício interessante mesmo que “Boyhood” já o tenha feito recentemente. Não importa.

Assim, somando um pretenso e bom estudo de personagem com boas interpretações mais algumas lágrimas de arrependimento e um pequeno orçamento, Moonlight, com essas grandes e oportunas sacadas, alcança sua intenção de drama e, curiosamente, torna-se o filme da vez entre críticos e premiações.

Quem somos nós para discordar de tanta unanimidade?

Talvez sejamos apenas os únicos no mundo ( até que o grande público assista), que se cansaram do meio pro final e que a catarse sentida por tantos, pouco ou quase nada reverberasse por aqui.

PS 1: Estreia prevista para o Brasil em 23 de fevereiro de 2017

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