top of page
logo.png
  • Foto do escritorCardoso Júnior

Porto de Chamada- Hong Kong-2016

Atualizado: 17 de ago. de 2020


O filme enviado para apreciação do Oscar 2017 é tanto um drama sombrio como um bom policial investigativo com altíssima qualidade técnica, mas bem distante do gosto da Academia por inúmeros motivos.

Para manter o pico de interesse no roteiro / ritmo, a direção opta pela divisão em três capítulos e pela não linearidade narrativa inserindo uma quantidade enorme de flashbacks no intuito de ir formando um quebra quebra-cabeças na mente do expectador que passa a acompanhar a investigação como se ele próprio a estivesse fazendo. E, isto pode ser muito bom ou muito ruim; depende de quem vê.

Infelizmente, o inteligente recurso é abandonado subitamente com uma explicação detalhada dos acontecimentos o que gera a perda imediata de todo interesse que estava sendo tão bem construído.

Ainda assim, “#PortofCall” contém muitos méritos ao retratar o imenso desequilíbrio social de uma cidade dividida entre enormes modernidades / luxo e muita pobreza nas vielas adjacentes.

Encontramos outros méritos também no roteiro ao focar sua “critica” em uma juventude desesperada pelo “sonho de beleza” a qualquer custo em função de aspirar uma vida de “modelo” e que se submete a tudo de pior e menos saudável que a profissão parece exigir na mente de adolescentes ainda sem discernimentos e as trágicas conseqüências das más escolhas.

Com ótimas interpretações, fotografia, trilha e edição, “Port of Call” dificilmente chegará aos circuitos e será visto por poucas pessoas o que é de se lamentar, pois ainda que não seja exatamente ótimo, é uma rara oportunidade de apreciar um cinema muito distante do convencional / comercial / ocidental.

TRAILER

bottom of page