Partindo de um plot verídico que bem poucos conhecem, a extrema relevância, dessa cine bio sobre a vida do jovem gênio autodidata Indiano que revolucionou a matemática e propiciou os atuais conhecimentos sobre os buracos negros no universo, é no mínimo, algo que pessoas ávidas por conhecimento vão apreciar muitíssimo.
Centrando a narrativa em dois planos (Índia pobre e precária e Inglaterra durante a primeira guerra mundial), faz uma interessante exposição sobre a aristocracia intelectual e xenofóbica da universidade de Cambridge e sua gama de preconceitos com a cor da pele dos menosprezados habitantes de sua colônia.
Ponto para o roteiro.
O choque, o embate entre a cultura oriental e suas tradições com a ocidental materialista, também serve de ótima subtrama para uma sutil, mas perceptível questão religiosa entre o ateísmo e a crença em Deus que, felizmente, não descamba em clichês de gênero.
Com perfeita fotografia e ótima reconstrução de época, figurinos e trilha, conta ainda com interpretações mais que convincente de Jeremy Irons (que dispensa referencia) e do Dev Patel (Quem Quer Ser Um Milionário?), que constroem com intensidade o arco dramático de uma tocante história de uma vida.
Neste ponto, direção e roteiro trabalham muito bem na identificação que o expectador sentirá pelo protagonista, por sua luta, perseverança e fé a despeito de todas as impossibilidades e dificuldades enfrentadas num mundo repleto de seres cruéis que julgam as capacidades pelas origens.
Assim, #TheManWhoKnewInfinity, não é apenas a biografia de um gênio tão importante como desconhecido para a maioria, é também um belo exemplo sobre a força da verdadeira amizade e de como construí-la amparada apenas pelos princípios incorruptíveis da admiração.
Você sabe o significado do número 1729?
Não? Então assista O Homem que Viu o Infinito, emocione-se e renda sua homenagem a cultura e a genialidade que o cinema oferece.
Estreia no Brasil prevista para 15 de setembro. 2016
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