Ter a coragem de reviver um gênero que já foi consagrado e levou multidões ao cinema, como o faroeste, é um dos grandes méritos deste trabalho. Com fotografia belíssima alternado o árido dos penhascos rochosos com o verde dos desfiladeiros, florestas e pradarias amarelas da Escócia e da Nova Zelândia, o roteiro que conta sobre uma bela estória de amor, não poupa criticas ao genocídio sofrido pelas populações indígenas que habitavam o chamado velho oeste Americano em 1870 . Pégaso, Ursa Maior, O dragão, Andrômeda, constelações ligando a distante e nobre Escócia ao brutal e violento Oeste Americano atravessado lentamente em uma jornada a cavalo .por um jovem e seu protetor, ambos, numa jornada em busca de recompensas distintas: amor e dinheiro. O argumento não poderia ser mais simplista, mas nos é contado a cada cena, a cada diálogo a cada frame embalado pela melancólica trilha sonora de maneira bonita e poética ainda que não escape e nem poderia, de alguns bons tiroteios no melhor estilo western. Kodi Smith Mc Phee, Michael Fassbende e Bem Mendelsohn garantem os ótimos momentos dessa aventura que, distante de maravilhosa, agrada em cheio e emociona. Premiado no festival de Sundance, estreou nos EUA em Maio, mas, por falta de espaço, não tem previsão para o Brasil. Vale muito se deliciar!
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