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Partindo de um plot bastante batido, conhecido e até exaurido pelo cinema,”o cidadão que sabe que vai morrer e começa a analisar e acertar sua vida”, o roteiro muito linear “apela” para a correlação com um cão idoso que não faz parte nem de quatro ou cinco curtas e inexpressivas aparições. Ok, que a proposta deste indie, logo no início, pareça com vários outros títulos sobre o assunto, mas diferencia-se pela conjuntura dramática de Darín mais o ótimo Cámara, pela fotografia perfeita de Madri e Amsterdã, diálogos surreais e deliciosos, trilha e algumas cenas antológicas como a da funerária que, pelo naturalismo, descamba para o absurdo muito bem estruturado. Embora o tema possa ser sentido como desagradável por lidar diretamente com a morte de forma tão cabal, a estrutura delicada da narrativa amparada pelo tom perfeito do tempo cômico, faz dele algo profundamente honesto na premissa e inédito ao transportá-la para a ótica do amigo. Aliás, Cámara, o amigo, tem um desempenho com poucos diálogos e centenas de expressões que são uma nota a parte no trabalho. Por assim ser, Truman consegue desenvolver mais que a contento uma estória reflexiva, profunda e, ao mesmo tempo, bastante leve para o espectador. Um ótimo trabalho com a presença do maior ator sul-americano e uma experiência que vale ser emocionalmente vivenciada do começo ao fim. Previsto para Abril, 2016 no Brasil.
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