Este é daquele tipo de filme que vai ficando na lista de espera e sendo soterrado por outros mais proeminentes ou urgentes. Porém, com as sub indicações da Sueca Alicia Vikander (O amante da Rainha) e do Guatemalteco, Oscar Isaac (Inside Llewyn Davis e A Most Violent Year), fomos conferir. A princípio, o tema já bastante discutido e mostrado pelo cinema sobre IA (inteligência artificial), tem neste trabalho de sci fy aspectos técnicos e “filosóficos” bem interessantes. As escolhas visuais dos contrates entre amplidão e claustrofobia amparadas por uma boa trilha sonora e fotografia coerente, sustentam um enredo que costura bem suspense psicológico e mistério, provocando aquela (nada nova), sensação de que você não sabe em quem confiar na estória, gerando certo grau de tensão no desenvolvimento. Os dois atores indicados, de fato, estão bem em seus papais, mas sem nada que se possa achar excepcional... Quanto a proposta em si, embora contenha alguns conceitos tecnológicos mais bem “ explicados” que outros do gênero, ( o que pode causar um UAU, para quem desconhece trabalhos anteriores), fica apenas no terreno do interessante muito bem realizado. Para cinéfilos que já andaram pela chuva e nas emoções de Blade Runner, Ex Machina pode parecer uma versão teen pipoca do tema.
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