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  • Foto do escritorCardoso Júnior

LOVE- França -2015.

Atualizado: 15 de ago. de 2020


Falar sobre sexo, geralmente, costuma ser algo que pode constranger algumas pessoas. Aqui, não entendemos tal “desconforto” uma vez que sexo é algo que todos fazem, fizeram, farão e, é muito bom além de fazer bem pra saúde. Felizmente, o diretor Gaspar Noé's, livrou-se de todos os pré-conceitos e ousou falar filmicamente do tema desprovido de qualquer pudor nas imagens. E, justamente na cena de abertura fica claro o aviso: Se você, seja homem ou mulher, nunca protagonizou em sua vida uma cena igual, várias vezes, levante-se da cadeira e procure um divã. Nós ficamos para constatar que o roteiro em muito se distancia do ótimo “Ninfomaníaca” do Lars Von trier que preferiu tratar dos “desvios” enquanto aqui, a narrativa desloca-se para questões do tipo: amor e sexo e na gama de “conflitos” que a mistura ou a combustão dos dois elementos podem reagir positiva ou negativamente dentro de uma relação. Qual seria mesmo a proporção certa entre sexo, amor e desejo? Caso o expectador não faça parte do clube do “pecado”, e já tenha compreendido que as questões abordadas fazem parte do natural cotidiano humano, conseguirá ir acompanhando os sentimentos e as angústias que movem os personagens com mais interesse que a manipulação de genitais. No caso de conseguir esse tipo de “abstração” será possível notar que a trilha sonora (pop-clássica), chega em uníssono aos sentimentos e que a fotografia puxada para o vermelho corrobora com a intenção - quase adolescente e adulta também- de buscar o amor perfeito; aquele onde desejo e sentimentos se complementam. Até este ponto, roteiro e atuações vão aproximando-se de “azul é a cor mais quente” no que tange a busca do equilíbrio entre amor e prazer. Mas só até aí! Na sequência, o pseudo discurso se desconstrói sozinho revelando a cobertura e o interior de algo meramente hedonista. Por alguma razão inexplicável, talvez meramente comercial, a direção opta pelo recurso 3D buscando uma ampliação e profundidade que banaliza a proposta de forma evidentemente apelativa e desnecessária, insiste e persiste nas cenas de sexo com um “timing” lento e explícito de mais desviando-se do que poderia ser um interessante estudo sobre amor e desejo descambando para uma atualização do manual do kamasutra. Cinema que perde o tema é uma pena e, “Love”, se torna desnecessário!

TRAILER

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