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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Sicário: Terra de Ninguém-EUA-2015.

Atualizado: 15 de ago. de 2020


Fomos conferir este trablaho muito por conta do diretor Denis Villeneuve, que já nos havia impressionado com “Incêndios” (2009) e "Prisioners" (2011), e não deu outra! Novamente ele investe em um roteiro cujo mote (combate ao narcotráfico), já é bastante batido e explorado, mas consegue com sua câmera espetacular, nos catapultar para dentro da estória por mais...desconfortável que ela seja. Logo na abertura, utilizando-se de sua técnica perfeita e calculada, já deixa claro que, o que virá na seqüência, vai requerer de você bastante fibra para acompanhar e, chegar ao fim atravessando momentos de pura tensão. Absolutamente tudo em Sicário (assassino), trás o clima de pesadelo: A trilha sonora pontua e acentua a atmosfera incômoda até mesmo quando permite seus muitos momentos de angustiantes silêncios. A fotografia/ enquadramentos, refletem uma beleza ímpar ainda que retratem situações repulsivas. Quanto ao elenco, a direção da espaço para o brilho de todos e, Emily Blunt poderia ter dado o grande salto de sua carreira não tivesse o “azar” de contracenar com Benicio del Toro que rouba todas as cenas que compartilham. Ao misturar ação em um thriller com direito a muito suspense, duvidas, reviravoltas e, pela primeira vez inserindo uma mulher como protagonista, essa “aula de como fazer cinema” com personagens (mais uma vez), que se traduzem como símbolos, deságua em reflexões desanimadoras sobre a grandeza do sistema e a nulidade de atitudes nobres em uma guerra violenta e cruel que parece já estar perdida. Ainda que o roteiro não seja inovador, a direção transforma o longa em um filme impactante, realista, tecnicamente irrepreensível que despertará nos cinéfilos uma enorme vontade de revisitar seus trabalhos anteriores e injeta muita esperança no futuro de "Blade Runner".

TRAILER

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