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Foto do escritorCardoso Júnior

Michiel de Ruyter – Holanda 2015.

Atualizado: 15 de ago. de 2020


Essa espetacular viagem no tempo e na história, quando pouco, serve para deixar claro que patriotismo e política não navegam nas mesmas águas. Centrando a ação na república da Holanda à beira de uma guerra civil movida pela politicagem interna e, em conflito comercial-marítimo-territorial com seus vizinhos - Inglaterra e França – tem a envergadura de um épico com direito a cenas, enredo, atuações, câmeras, fotografia, figurinos, trilha e direção de arte dignas da maior relevância e importância para o verdadeiro cinema. Suas câmeras nervosas, ávidas por closes detalhistas de vários ângulos e travellings espetaculares, acompanhando uma ou várias batalhas navais verídicas, é mais que uma aula de história, é um documento que nos insere nele como participante ocular. Felizmente em uma obra de tamanho porte, a direção não abusa e nem se ampara em efeitos especias, buscando uma veracidade e autenticidade cênica deslumbrante. Narrar sobre um assunto normalmente desconhecido como a situação política da Europa no século 17, focando na idade do ouro Holandesa, no perigo que representava uma república desenvolvida para para o sistema de reinos vizinhos é, por certo, tarefa meritória em tempos de entretenimento descartável e, nem por isso, deixa de ser uma produção impressionante. Ainda que longo em suas três horas de duração, em nenhum momento deixa cair o pico de atenção, mantendo-nos presos ao desenrolar dos vários aspectos sócio-políticos, ao brilhante estrategista e herói militar - Michiel de Ruyter – invencível em sua luta por uma nação soberana e unida, vencido apenas pelas mesquinharias, conveniências e artimanhas da mediocridade da política. "#MicieldeRuyter" é mais que cinema de altíssima qualidade, é também uma forma de refletirmos sobre o nada que evoluímos do seu tempo para o nosso; lamentavelmente. PS: Infelizmente, intuímos que, por tudo descrito, passará distante dos holofotes no Brasil.

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