Longo no início, o roteiro comete um “lapso”, mas depois se acerta perfeitamente num equilíbrio bem estabelecido entre drama e suspense com ótimo emprego do recurso de flashbacks, diálogos interessantes e uma fotografia que passeia entre a claustrofobia e liberdade, pontuando de forma mais que acertada as transformações emocionais dos personagens.
O reforço dos planos fechados em closes, fortificam as atuações de um ótimo elenco, nitidamente amparado por ótima direção. Embora tratando de um tema forte, a direção opta pela delicadeza de não utilizar imagens apelativas suavizando, a sua maneira, o drama não caindo na armadilha fácil de transformá-lo em terror.
A nota impressionante fica mesmo por conta da atuação da atriz Leandra Leal, que percorre todos os espectros emocionais da personagem de forma notável, obrigando o espectador a identificar-se com ela em 99% da atuação.
O Lobo é um bom filme do princípio ao fim, prende a atenção e desenrola-se de forma tecnicamente correta.
Mas, por quê ficamos com a sensação que já vimos essa estória no cinema algumas vezes? Não importa, vale conferir.
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