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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Miss Julie -Noruega-2015.

Atualizado: 14 de ago. de 2020


Baseado em uma famosa peça teatral, tendo nada menos que Liv Ullman voltando à direção, por certo já é um grande apelo somado a presença de Jessica Chastain e Colin Farrel, correto? Incorreto! Liv e tudo o mais neste trabalho com atmosfera nitidamente Bergmaniana, cansa, seja pela erudição dos enormes diálogos, seja pela claustrofobia cenográfica, seja pelo argumento submisso versus dominador invertendo-se seguidamente, seja pela câmera estática demais, seja pela falta de movimentação cênica. Óbvio que há pontos positivos na requintada reconstituição de época pela cenografia, em toda parte técnica, na bela fotografia, no jogo de luzes, nas chispas dramáticas, no empenho interpretativo do Collin, na interpretação dramática, intensa e arrebatadora da Chastain e, até mesmo, no ponto oposto representado pela contida personagem da Samantha Morton e, ponto. É de se lamentar que, uma obra com tamanhos apuros técnicos e interpretativos, que um cinema autêntico com possibilidade de resgatar a sétima arte, perca tal oportunidade. Tirar um texto do palco e transportá-lo para telona é tarefa de alto risco. Pode dar muito certo como foi o caso do recém comentado "Diplomacia", mas pode sair muito errado. O impacto causado por uma estória contada em um palco, a sinergia cênica, raramente é transferível. O mote cênico da atração e paixão entre pessoas de classes sociais incompatíveis, o jogo de sedução e humilhação, neste drama, tem o grande mérito de fazer com que o espectador sinta uma enorme vontade de ir ao teatro depois de 2 horas e 10 minutos de DR!

TRAILER

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