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Foto do escritorCardoso Júnior

Cymbeline - Reino Unido- 2015.

Atualizado: 13 de ago. de 2020


Trazer Shakespeare para os tempos modernos não deve ser uma tarefa fácil para os adaptadores e públicos, mas pode resultar, ou não, em um presente para o expectador. O diretor Michael Amereyda, conhece bem essa aventura depois de ter-nos presenteado com sua ótima versão de Hamlet (2000). Neste seu mais recente trabalho, acerta em cheio ao manter a fidelidade ao texto original, no espetacular elenco escolhido, mas a transposição de época comete alguns deslizes; não na licença poética mas na forma estética da proposta. Transformar o rei Britânico em um chefão do crime organizado, sua corte em uma gang de motoqueiros em guerra declarada contra “Roma”, na figura de policiais corruptos é uma premissa que funciona às maravilhas e, as intrigas palacianas de uma corte dividida em interesses escusos x lealdade servem como uma luva nos dias atuais. Também nos fica evidente que, são os atores que seguram com maestria essa jornada encontrando o tom certo e o verniz perfeito da modernização. Eis um trabalho com muitos méritos e para ser apreciado pelos cinéfilos mais exigentes e, comprovar a atualidade atemporal dos textos de Shakespeare.

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