Com uma fotografia P&B com jogo de luz tão impressionantemente belo, com raros respingos de cor, faz qualquer efeito especial de Hollywood parecer brincadeira experimental de criança. Este pré-candidato ao Oscar 2015,parte de um conto, delicia os olhos provocando enormes reflexões sobre a verdadeira pureza d”alma em contraponto com as durezas do mundo. Com uma estética maravilhosamente onírica, é provocante na medida que acompanhamos um adolescente em sua jornada de descobertas sobre si mesmo e o mundo que o cerca misturando brutais realidades cotidianas com um surrealismo magnífico. Já na abertura pensamos: Isto é uma verdadeira obra de arte e, seguimos acompanhando as performances espetaculares do enxuto elenco, edições requintadas e musicas separando o real do abstrato. Qual é o limite de um sonho, o que o separa de uma fantasia, onde estão ambos? Tudo está apenas na tela a nossa frente, na cabeça do jovem protagonista ou é realidade ? Trata-se de uma esperançosa fuga repleta de pureza e esperança ou não há mais esperança no mundo? Essas são questões levantadas em um roteiro mágico, pungente dirigido com maestria numa jornada cinematográfica raríssima para o cinema atual. Bravos, bravíssimo!!!
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