No terreno dos longas de animação, Miyazaki já tinha se mostrado imbatível em "A Viagem de Chirhiro", pelo seu estilo único em tratar a técnica com uma paleta artesanal muito diferente e bastante superior ao que faz Hollywood. Aqui, ele fez uma obra espetacular, artística, sublime ainda que tratando de temas adultos, lidando corajosamente com tristeza, traumas e realidades humanas numa arte que, a priori, deveria ficar no terreno da fantasia onírica. Ao catalisar os significados do vento, fez poesia através de metáforas, desenhando de forma esplendorosa reflexões profundas sobre adaptações necessárias diante da imprevisibilidade da vida. Mais que impressionante, vidas ao vento tange o deslumbrante.
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