Lars von Trier, mais uma vez imprime a marca de dividir a narrativa em capítulos e em tom teatral.
O de profundis nesse enredo é enorme, mas a grande primeira jogada do mestre é nos colocar como espectador diante de um tema banal na vida e, ousado no cinema: sexo discutido abertamente sem pudores hipócritas.
Interessante também o didatismo entre as cenas de sexo e, a dose acertada de momentos engraçados.
Outro ponto positivamente genial é a abundancia de órgãos genitais expostos, gritos e sussurros que não nos deixam desconfortáveis na perspectiva de observador enquanto as músicas, fluindo do metal ao clássico, se encaixam na atmosfera de forma perfeita.
Longe de ser um trabalho para puritanos é um golaço do Lars Von Trier e, o mais, conceitos e analogias, ficam para psicólogos e longas conversas pós sessão.
Muito bom!
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