Tarantino gosta de histórias sobre vinganças talvez porque ela trás o mundo de volta a ordem. Poucos, como ele, sabem o quanto gostamos de ver os vilões deste mundo devidamente punidos. Mas ele não para aí e, vai muito mais fundo quando resgata e mistura o bom e esquecido faroeste com mitos mais antigos como a história de Brunhilda, uma referência a Valquíria do século 13 que é resgatada do fogo por seu amado Siegfried. Brincando entre sanguinários tiroteios (sempre com seu peculiar humor), lindas paisagens, diálogos memoráveis, personagens fascinantes e trilha sonora sensacional, reafirma-se como um gênio na arte do entretenimento. Aqui, Jamie Fox é tão carismático como o Django original, Christoph Waltz magnífico em seu personagem debochado, DiCaprio perfeito no pedantismo e Samuel L. Jackson impressionante e assustador. Django Livre, mesmo com seus litros de sangue, é um filme que deixa um sorriso no rosto e a alma lavada. Mas, dizer isto sobre Tarantino é redundante. Não ganhará o Oscar, mas já tem lugar garantido na galeria dos clássicos. Inesquecível!
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