#TheBoys, série da Amazon Prime, baseada na HQ homônima escrita por Garth Ennis e ilustrada por Darick Robertson, apresenta um universo bastante diferente daqueles de super-heróis, onde a grande maioria deles e, especialmente, Homelander, que se veste com a bandeira americana, são vilões disfarçados de heróis criados pelo poder do marketing. A série analisa principalmente as relações humanas com o poder, e como a maioria sucumbe às suas seduções, achando-se acima de tudo e de todos. O texto ainda aborda a força das imagens publicitárias sobre as massas que passam a acreditar em narrativas, e deixam de ater-se aos fatos, afastando-se da realidade. Neste sentido, a série também imbui-se de narrativas, quando aborda de uma forma um tanto enviesada a questão da imigração ilegal, especialmente na segunda temporada, quando faz alusões implícitas às políticas de Trump. As duas temporadas apresentam arcos de dramaturgia muito bem definidos, que ao longo de suas espinhas dorsais, apresentam e aprofundam detalhes, conflitos e personagens, que são muito bem elaborados.
As direções são bastante uniformes, criando um produto coeso e com fluidez. O elenco faz um excelente trabalho de criação de personagens, com destaques para Jack Quaid, filho de Dennis Quaid e Meg Ryan, no papel de Hughie, e Anthony Starr, no de Homelander. Tecnicamente, a série é impecável, com fotografia muito bem realizada, música muito adequada, ótimos figurinos e cenários, e uma edição bastante competente.
The Boys, uma série interessantíssima, especialmente nos dias atuais, quando se discute muito narrativas e “verdades” e verdades, bastante original e diferenciada do que se vê ultimamente. Vale muito assistir.
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