Quem aqui conhece a vida ou mesmo já ouviu falar de Harriet Tubman ? Poucos, não é mesmo? Eu, tinha apenas uma muito vaga referencia nominal e nada mais. Então, eis boa oportunidade para conhecer uma grande mulher, uma verdadeira super heroína, mas de carne e osso, pra fugir da tendência de confundir Cinema com escapismo através de boas doses de realidade nua e crua. Vale sim conhecê-la!
Nessa cinebio sobre a escrava que se libertou e depois resgatou mais de 800 escravos em varias e perigosas missões, a atriz, roteirista e diretora Kasi Lemmons, opta por contar a história de forma bastante acessível a todo tipo de público evitando explorar visualmente cenas de violência explícita, mas deixando-as bastante subtendidas de várias formas enquanto trabalha com elementos de suspense durante as varias fugas e perseguições sem esquecer de registrar de maneira competente elementos dramáticos do embate entre vilanias x virtudes e bravura desafiando probabilidades.
Para olhos mais atentos, fica claro que a proposta é extremamente moderna e comercial (o que não a desmerece), mesmo apresentando referencias a consagrados filmes sobre o tema como: “E o Vento Levou” e “O Nascimento de uma Nação”.
#Harriet é um drama potente e respeitoso com o registro histórico ao manter a fé da protagonista como elemento motivador sem deixar de apontar para sua natural e formidável inteligência, habilidades táticas e políticas inatas e uma grande dose de determinação e sorte.
Com ótima reconstrução de época, fotografia deslumbrante, figurinos , trilha sonora e elenco de apoio, o grande destaque fica mesmo com a atuação da britânica Cynthia Erivo (As Viúvas), que trabalha uma gama de complexas emoções expondo as entranhas dessa valorosa abolicionista de forma a torná-la inesquecível.
Bravo, heroína, o mundo deve muito a você!
Ps1: Distribuído pela #UNIVERSALPICTURES, infelizmente sem previsão por aqui.
TRAILER