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#ProjetoGemini, o novo filme do diretor premiado com dois Oscars, por Brokeback Mountain e Life of Pi, traz Will Smith em dois papéis, Henry Brogan, um exímio assassino trabalhando para o governo americano, e Junior, seu clone.
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O roteiro de David Benioff, Billy Ray e Darren Lemke, linear, encontra Henry Brogan em seu último trabalho, antes de se aposentar, mas, após completá-lo com sucesso, vê-se perseguido por seu clone, que pretende matá-lo. Um texto repleto de excelentes cenas de ação, e com uma ideia original, funciona até o encontro das duas personagens de Will Smith, quando perde a credibilidade quando assume que ambos compartilham características cognitivas e de personalidade, apenas por partilharem o mesmo DNA. Assumindo que ambos tenham sido treinados pelo mesmo grupo, é aceitável acreditar que dividam o mesmo modo de operação, antecipando um os movimentos do outro, mas esperar que também compartilhem características, que mesmo que fossem educados nos mesmos parâmetros e condições, nas quais diversidades são naturalmente esperadas, desconsiderando o poder das identidades construídas por suas experiências, mesmo que iguais, em se ramificarem multiplamente. Entretanto, apesar de pecar na verossimilhança, o texto mantém o interesse com excelentes cenas de ação. Há também o surgimento de uma personagem-chave no final que deveria surpreender, mas não é difícil de perceber de quem se trata.
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A direção de Ang Lee não deixa a desejar, é sempre salutar, mas, nitidamente, percebe-se traços e imagens que mimicam videogames de tiro, em primeira e terceira pessoas, muito possivelmente já pensando nos desdobramentos midiáticos do filme. Will Smith faz um bom trabalho diferenciando duas personagens que o texto declara iguais. Mary Elizabeth Winstead e Benedict Wong estão competentes em seus papéis, e Clive Owen decepciona mais uma vez com uma atuação que beira o canastrão. Os efeitos especiais que rejuvenescem Will Smith e o coloca duas vezes na mesma cena, entre normais e de ação, impressionam muito, música, arte e edição são excelentes.
Um filme de ação com cenas eletrizantes, uma tese interessante, mas esvaziadas por paradigmas equivocados, é o que nos apresenta Ang Lee com #GeminiMan. Vale muito para fãs do gênero.
Em cartaz.
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