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  • Foto do escritorFábio Ruiz

Ad Astra – EUA – 2019

Atualizado: 18 de ago. de 2020


Em um futuro não tão distante, a terra é atingida por ondas eletromagnéticas causando grandes destruições. Quando sua origem é determinada no Projeto Lima, Roy McBride é convocado a participar de uma missão secreta para impedir a destruição da raça humana, na qual terá que enfrentar fantasmas do passado.


O roteiro de James Gray e Ethan Gross gira em torno da personagem Roy, que precisa retomar dores do passado, quando descobre que seu pai, supostamente morto, pode estar vivo. Contudo, o texto torna óbvio que se trata de uma epopeia particular, que será concluída com a catarse da protagonista sozinha no encontro com seu pai, quando todas as personagens coadjuvantes são, sumariamente, descartadas pelo texto, só restando ao espectador a curiosidade de como se passará o descarte. Isso dito, tudo se encaixa como uma luva, não há contratempos, nem grandes dificuldades a vencer, tudo se resolve, perfeitamente, para colocar Roy a caminho de Netuno, ao encontro de seu pai. Entretanto, apesar de rápidas, há sequências de ação vibrantes, como uma perseguição em solo lunar, e críticas à humanidade, que já luta pela hegemonia sobre os recursos lunares e marcianos.


O texto também é intimista pois abarca os sentimentos e pensamentos de Roy, em avaliações psicológicas ou em suas próprias divagações, que exigem um ator com maior amplitude hermenêutica do que Brad Pitt, que, apesar de não fazer jus às necessidades da personagem, entrega uma atuação decente. Ruth Negga, apesar da pequena participação, mostra o que uma grande atriz é capaz de fazer com um pequeno papel, criando uma personagem elusiva, digna de uma marciana. Tommy Lee Jones e Donald Sutherland, em atuações competentes, não se destacam, e o resto do elenco é proficiente. A direção de James Gray é muito boa, mas não se deixa de recobrar o brilhantismo de Alfonso Cuarón, em Gravidade, que guarda semelhanças ao estilo do texto e do filme. Efeitos Especiais também deixam a desejar, quando comparados com a obra de Alfonso. Música, edição e mixagem de som, e edição são excelentes. Uma aventura no espaço, que mistura ação, questões da humanidade e a catarse da protagonista quando forçada a retomar o seu passado e sua relação com seu pai. Uma opção interessante. Em cartaz.

TRAILER

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