Baseado no artigo “Trial by Fire” publicado em 2009 no ‘The New Yorker” , o roteirista Geoffrey S. Fletcher, (Preciosa), juntamente com o diretor Edward Zwick (Diamante de Sangue e etc...), se unem em um drama muito incômodo para questionar o sistema judiciário Norte-Americano, principalmente a pena de morte no Estado do Texas, baseando-se em fatos acontecidos em 1991 que se arrastaram durante 12 anos.
#TrialbyFire acaba sendo um biodrama prisional com cunho político e com o poder de causar muitos desconfortos e até raivas no expectador não apenas pelo teor das injustiças cometidas, seja qual for o prisma analisado, seja por sua duração excessiva, seja pelas escolhas melodramáticas inseridas ou por não optar, nunca, por uma visão pessoal deixando o público refém das incertezas e lacunas do caso. ¨
Já na primeira cena a opção por “efeitos digitais” (era fácil ter feito algo realista), pouquíssimos convincentes, cria um desânimo pela seqüência, mas os mistérios envolvendo algo tão intencionalmente brutal ou algo tão acidentalmente trágico, levam-nos a acompanhar a narrativa muito por conta do forte desempenho do britânico Jack O'Connell (Invencível), e, no segundo ato, pela gigantesca performance de Laura Dern fechando uma dinâmica arrebatadora entre atores.
Com roteiro dividido entre as investigações do sinistro, o singular julgamento, flashbacks da vida do “bad boy” no corredor da morte e a pacata rotina de uma mãe de adolescentes abraçando uma causa, o arco dramático se arrasta perdendo a tensão ainda que mantenha bem acesa questões atuais e polêmicas, #JulgamentodeFogo está mais para um importante trabalho para TV que para cinema propriamente dito embora quando o tema seja injustiça e preconceito, a sensação de impotência e muita raiva nos acompanhe em qualquer tela.
Vale conhecer!
PS1 “Você sabe por que eles chamam de pena capital? Porque só quem não tem capital recebe o castigo.
Ps2: Disponível em VOD
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