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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Entardecer- Hungria-2019

Atualizado: 18 de ago. de 2020


Ao se ler o nome “László Nemes”, qualquer cinéfilo imediatamente se lembrará de “O Filho de Saul”, premiado em Cannes, vencedor com todos os méritos do Oscar de Filme estrangeiro e, ficará mais que interessado em conhecer o segundo longa do diretor alçado aos patamares de inovador.


É exatamente aí que chegará a decepção, pois Nemes que se tornou reverenciado aos olhos do mundo por sua estética narrativa inovadora, estranhamente opte por repetir sua formula em #Entardecer construindo um trabalho belo sim, mas também longo demais, eclético demais, que vai perdendo o pico de interesse por conta da narrativa que se arrasta em planos-sequências que se alongam demais, fechados demais e diálogos irrelevantes que comprometem o resultado final de uma trama que leva o expectador à exaustão de tanto acompanhar a nuca da protagonista.


Por certo o período escolhido é riquíssimo – 1910, Império Austro-Húngaro, pré-Primeira Guerra Mundial- que já foi foco de filmes importantes pelo tema político-social, mas por mais que direção e roteiro de #Sunset tentem trazer a incômoda e opressiva atmosfera de belezas sobre barris de pólvora, o ritmo lento, as cenas desnecessárias e os personagens obscuros comprometem o entendimento pondo por terra boas oportunidades de propiciar interessante estudo de personagem bem como promover competente análise histórica.


Ok que a trilha sonora de #Napszállta, a fotografia em tons pastéis, a rigorosa direção de arte que reflete nos notáveis e belíssimos figurinos são irretocáveis, porém a descuidada montagem permite que a obra atinja longos 145 minutos de um roteiro frágil que não atinge a profundidade almejada. Que pena!

Ps2: Distribuído pela #CaliforniaFilmes passou timidamente pelos cinemas em maio/19, agora disponível em VOD.

TRAILER

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