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Amante por um dia – França – 2018


Preto no branco. Assim deveriam ser as relações humanas. Mas as pessoas insistem em pintar as formas de lidar com o outro. Seja uma amizade ‘colorida’, ou um amor ‘cor de rosa’. Daí há uma mescla de sensações, interpretações: colorimos as relações para disfarçar a realidade, ou porque idealizamos demais os sentimentos? E essa tentativa de mascarar o que se sente, apesar de ser uma pregação da sociedade em que vivemos, torna-se demasiadamente prejudicial aos relacionamentos. Isso porque ao disfarçar o que sentimos, o que desejamos ser ou fazer, criamos a ideia de refúgio, quando na realidade estamos desprotegidos da verdade.

Amante por um dia aborda de forma quase intangível, a percepção sobre os relacionamentos e sentimentos que o ser humano carrega dentro si. Especificamente o amor, o sentimento mais subjetivo e é abordado de forma contrastante entre as personagens principais da trama, Jeanne e Ariane. E o que poderia ser tão trivial, é apresentado de forma sui generis, ao nos depararmos com as questões que envolvem o relacionamento a dois, como a fidelidade, a lealdade, o companheirismo. Isso porque ao passo que Jeanne sofre por acreditar que o amor deveria ser perfeito, Ariane absorve a ideia de que o amor é tão miscigenado e imperfeito como o ser humano. E mesmo com tantas singularidades na forma de lidar com o relacionamento, é possível identificar um ponto de similitude entre elas, que talvez seja o que nos torna tão comuns e parecidos, quando enxergamos as duas personagens perdidas sobre que passo elas devem dar para seguir adiante em suas perspectivas amorosas.

Com uma premissa aparentemente simples, ‘Amante por um dia’ apresenta de forma bastante peculiar duas visões diferentes de relacionamento. Duas formas de enxergar e lidar com o amor e uma maneira límpida de compreender que as relações são muito mais que alegorias investidas em cores. São, ou pelo menos deveriam ser não apenas idealizadas ou utópicas, mas verdadeiras.

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