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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Sem Fôlego- EUA-2017

Atualizado: 18 de ago. de 2020


Tendo passado por Cannes e indicado a palma de Ouro, essa fábula infantil baseada no livro homônimo, onde duas estórias, afastadas no tempo e espaço se desenvolvem, apresenta uma ousadíssima linguagem visual e estética que busca referencias do cinema mudo com seus pouquíssimos diálogos (na primeira estória) e, a fortíssima fotografia situando-a muito bem entre os dois períodos alternando entre P&B e colorido e, ainda pontuada por trilha sonora conceitual que reflete e reforça as distintas épocas numa impressionante recriação da cidade de Nova York e seus costumes nos anos 20 e 70, inclusive no primoroso figurino. Nos dois núcleos narrativos, é o elenco infantil que brilha e emociona na condução dos argumentos que muito falam sobre temas bem complexos como a busca da identidade individual, de encontrar um lugar no mundo e de como preservar a memória daqueles que amamos dentro de uma estrutura fílmica simples, bem editada no vai e vem das tocantes estórias que, ao final, se entrelaçam de forma singela, mas desprovida de emoções. No entanto, há alguns “estranhamentos” em um roteiro que introduz uma atriz do porte de uma Michelle Williams em apenas três minúsculas cenas e uma grandiosa Julianne Moore envelhecida e pouco inspirada em um papel que poderia ter-lhe rendido alguns prêmios. Assim, Wonderstruck, que tem estréia prevista para o Brasil em Janeiro/29/18, merece ser visto pela audaciosa e simples proposta estilística, mas tão somente por um público que tenha fôlego para detectá-la e apreciá-la na sua essência.

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