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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Armas na Mesa-EUA-2016

Atualizado: 17 de ago. de 2020


Indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz, Jessica Chastain, nos levou, como fãs, a obviamente ir assistir seu último trabalho. Que show de tudo; absolutamente tudo! A feitura de um Thriller altamente dinâmico, repleto de suspense e reviravoltas com temas super atuais como a corrupção no Congresso Americano, (serve para o nosso também), é o tipo de trabalho que demora um pouco para engrenar, para distribuir as cartas, explicar o tipo de jogo, mas quando isso acontece, certamente te levará à cena final assistido de pé tamanha a força, o impacto e a astúcia surpreendente do plot, da jogada final. Ok, não é um trabalho para um público mais ávido por soluções simplistas e ou com preguiça mental de acompanhar às duas horas de leitura frenética das legendas para entender os mecanismos e os procedimentos desta partida...genial, mas vale cada segundo de acompanhamento. O inteligentíssimo roteiro, utiliza-se das figuras (nada carismáticas), de lobistas para adentrar nos bastidores políticos, no jogo de interesses sempre financeiros e de perpetuação nos cargos, bem similar a série “House of Cards” para nos dar a conhecer os meandros e as sujeiras que os eleitos pelo povo utilizam sempre em benefício de seus próprios interesses. Com uma ligeira pegada dos filmes de espionagem, porém apostando muito mais nas cenas de interiores que privilegiam sutis olhares e expressões que também fazem parte da trama, a narrativa complementa-se com uma fotografia mais escura, com tendência a cenários em tons que se aproximam mais para nuances azuladas e ainda dá um verdadeiro show no quesito figurinos. Sem medo algum de apostar numa “heroína” ou anti-heroína arrogante, segura de si ao extremo e, aparentemente sem sentimentos algum, essa audácia vivenciada pela magnífica Jessica Chastain em um trabalho incrível onde a profusão de textos só reforça seu desempenho assombroso, a montagem vai deixando, aos poucos, muito claro as sequências, mas sem olvidar de inteligentes surpresas. Com argumento que mostra o quanto o poder decisório de uma nação pode e é manipulado por uma junção de políticos que fazem conluios com empresários e ainda evidenciando o poder das mídias como forma Manipuladora da opinião pública (alguma semelhança com o Brasil ?), #MissSloane não só é um trabalho mais que respeitável pelas cartas que põe na mesa bem como pelo jogo que revela. Entre outros valores fílmicos, “#CartasnaMesa” nos mostra o quanto o Globo de Ouro vem se tornando uma premiação mais respeitável que o Oscar que vem trilhando caminhos cada vez mais populares e populistas para se sustentar na supremacia dos prêmios perdendo a chance de salientar não só um trabalho de magnitude universal como também indicar uma das performances mais avassaladoras de 2016.

TRAILIER


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