Com apenas uma indicação ao Oscar 2017, de Melhor Roteiro Original, 20th Century Women, é um trabalho interessante ainda que equidistante de ótimo.
Passado em 1979, quando uma mãe solteira independente e confusa ao mesmo tempo sobre como educar seu filho adolescente, a narrativa esbarra no problema da narração em cinco vozes (dos cinco personagens), que brinca com a linearidade do tempo, indo pra frente e voltando sobre si mesma para desenvolver a trama de forma inovadora, mas nada atrativa.
Com muitos apelos nostálgicos através de citações de livros e imagens da época, repleta de cortes abruptos , tem na nada carismática Annette Bening seu ponto mais alto interpretativo e, também, nos interessantes diálogos muito bem construídos.
No mais, a interessante atuação de Greta Gerwig, e o esforço da lindinha e apática Elle Fanning para construir uma homenagem às mães e a todos que, de alguma forma nos ajudaram a crescer, montando ainda um trabalho que desnuda sem pudores o mundo complexo das mulheres, (a cena da menstruação na mesa é ótima), e com uma boa pincelada em tipos nada convencionais de famílias e formas alternativas de educação.
Se é bom? Não exatamente, mas pode ser bem interessante para o público feminino que viveu as transições do século XX para o XXI.
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