Com um plot mais que original ao abordar os tempos da guerra fria através de uma cine-biografia sobre a vida do gênio Americano do xadrez, Bobby Fischer, sua vida desde a infância e, sua batalha intelectual sobre a homogenia entre Russos e Americanos, envolvendo todos os escalões dos poderes de ambas as Nações, além de um público mundial, no mínimo, é algo interessante de se rever ou se inteirar de um mundo não muito distante. Com direção precisa em focar os desequilíbrios familiares e emocionais do famoso protagonista e ótima reconstrução de uma época, só falha na instabilidade interpretativa de Tobey Maguire, ora ótimo, ora over, não se configurando na melhor escolha para um papel tão complexo. Com roteiro um pouco lento, mas que busca retratar a tensão política entre os dois blocos, tem na fantástica trilha sonora a pontuação certa que evita e impõe tensão quando a narrativa se torna menos cadenciada. Outro ponto mal desenvolvido está nas participações de Liev Schreiber, Peter Sarsgaard e Michael Stuhlbarg que funcionam, sem sub-tramas, apenas como escada para as excentricidades de Maguire. Ainda que traga um fato desconhecido das novas gerações e consiga manter um bom pico de interesse e tensão (principalmente na grande partida final), “Pawn Sacrifice” funciona bem como ilustração de época e entretenimento com boa dose de cultura.
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