Apenas por ter Chloe Moretz fomos dar uma espiada nesta, mais uma, adaptação literária. A simpatia e o reconhecimento do talento desta atriz tão jovem nos estimulam conferir seus trabalhos, torcendo para que tamanho potencial não se perca em escolhas erradas como foi o caso de outras jovens promissoras atrizes que “sumiram” justamente por isto. Ok, o roteiro não poderia ser mais clichê. Todos os ingredientes necessários para criar um melodrama lacrimoso com vistas a alcançar um público teen estão ordenados e se desenrolam um a um na nossa frente; descaradamente. Um grupo de adolescentes descobrindo a vida, o sexo, o primeiro amor, seus talentos, seus conflitos, suas paixões, uma família invejável, melhores amigos, música moderna e, o batidíssmo tema : “de fora do meu corpo observo tudo e todos”. Enfim, um prato cheio de mesmices que deveriam resultar em algo desastroso e piegas, mas que escapa de todas as armadilhas transformando-se em algo agradável, delicado e interessante de ser acompanhado. Parte deste salto de qualidade é, obviamente, a presença de Chloe que interioriza sua personagem carregando-a com uma gama de emoções palpáveis, o mais fica por conta dos diálogos espirituosos, da montagem inteligente, e do mix da trilha sonora (classic-rock), respeitável. Embora possamos prever exatamente o que vai acontecer e como vai acontecer, “se eu ficar” surpreende por encantar e emocionar com seu charme especial e simpatia cativante.
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