Com um roteiro muito original que abarca mais de mil anos, transitando entre história, religião e ficção científica, lida com questões complexas sobre a continuidade da alma, conceitos budistas, outras vidas, amores neste tempo e na sucessão dele. É pura magia permitir-se acompanhar três estórias que se entrecruzam repletas de belíssimos efeitos visuais, direção de arte esmerada e figurinos perfeitos acompanhando as épocas e uma trilha sonora que encanta e embala na quase que torcida de um final feliz para um belo amor que busca a transcendência. Se a vida é posse e perdas, se é carnal e ou espiritual, a tão sonhada busca pela imortalidade é conduzida com forte carga dramática por Raquel Weisz e Hugh Jackman de forma que, embora complexo sem ser hermético,as interpretações envoltas pela magia das possibilidades envolvem até um final que não pretende e não é auto-explicativo. Mesmo para quem não se proponha a um mergulho mais filosófico, The Fountain é uma bela viagem para os olhos com direito a reflexões e final em aberto, que continua em nossas cabeças para discussões posteriores. Por tais motivos, é evidente que passou despercebido, mas quem assistir, dificilmente não se envolverá!
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