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  • Foto do escritorCardoso Júnior

Coelho Jojo - Alemanha- 2019

Atualizado: 9 de ago. de 2020


Não é e provavelmente não será a primeira nem a última vez que o cinema utiliza o olhar de uma criança para fotografar as maleficências da segunda guerra mundial. Assim, o vencedor do Festival de Toronto 2019 (prêmio decidido pelo público) #JojoRabbit, que mistura emoção , humor e reflexão , baseado no livro homônimo, escrito e dirigido pelo neozelandês Taika Waititi(Thor: Ragnarok ), investe nessa seara de forma bastante audaciosa e autêntica.

Com roteiro que, a primeira vista pode parecer apenas uma gostosa fábula infantil para olhos menos argutos, Waititi cria em 108 minutos uma provocante sátira ao fanatismo ideológico (tudo pela causa), num autêntico deboche aos perigos da insana lealdade cega nos dias atuais, utilizando-se da história e de um Hitler caricato, porém perigosamente “carismático” para construir uma potente e sutil crônica sobre os absurdos dos nazistas e nazismo.

Tecnicamente irrepreensível embora não surpreendente nos quesitos técnicos como o design de produção, figurinos, fotografia e trilha sonora, ainda nos oferece elenco notável com destaque para a grande promessa, a neozelandesa Thomasin McKenzie (Sem Rastros- análise nº 925), Scarlett Johansson, Sam Rockwell e o estreante Roman Griffin.

Portanto, #CoelhoJojo com sua pegada de Moonrise Kingdom ( comentado em 18 de Fevereiro de 2014), além de boas risadas, instantes de ternura e muitas referências, utiliza-se de uma capa de comédia bufa para tratar de forma muito inteligente, sutil e séria dos perigos dos fanatismos de massa e das demagogias facilmente encontradas em muitos discursos atuais, mesmo 45 anos depois do holocausto.

Ps1: Distribuído pela Fox Film do Brasil tem data de chegada por aqui em Fevereiro de 2020.

Ps2: “Tudo vai acontecer com você: perfeição e horror. Você apenas tem que ir: e os sentimentos estão todos lá. Lembre-se; não se separe de mim.” Rainer Maria Rilke

TRAILER

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