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  • Foto do escritorCardoso Júnior

O Clube - Chile - 2015.

Atualizado: 16 de ago. de 2020


Vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Berlim 2015, indicado ao Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro e candidato pela Espanha ao Oscar 2016, é uma enfiada de agulha na mais dolorosa chaga da Igreja Católica: A pedofilia. Muito mais forte e muito mais direto que o vencedor do Oscar “Spotlight”, não busca subterfúgios para abordar o espinhoso tema. Bota o dedo na ferida e diz: É assim! E, não podia esperar outro enfoque em se tratando do diretor Pablo Larraín (NO), bem menos comercial e bem mais contundente nos temas que aborda. Focar a narrativa dentro de um “retiro espiritual” que está mais para uma “prisão domiciliar” e enquadrar os meliantes protegidos pela Igreja e ainda permitir-lhes a defesa dos crimes cometidos, é ousado para não escrever audacioso. Acertadamente, já que o tema transita entre o abominável e o execrável, a direção opta por imagens mais escuras, duras e áridas. Não há um só instante de beleza estética em “El club”, enquanto a força do roteiro repousa nos diálogos fortes de uma explicitude que pode chocar; e choca. “#Oclube” não pretende se fazer agradável aos olhos e a moral, já que seria hipócrita acrescentar qualquer tom mais suave na sujeira espelhada. Com interpretações realmente chocantes, “O clube” é a arte de fazer arte mostrando o lúgubre; o que não é menos arte em nenhuma concepção artística.

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