Viúva Negra – EUA – 2021
- Fábio Ruiz
- 18 de jul. de 2021
- 2 min de leitura

#BlackWidow, o mais recente lançamento da Marvel, tem duas funções, a merecida despedida da personagem principal, pela primeira vez com o protagonismo, sem a interferência de outros heróis da marca, e a introdução de novas personagens, que farão parte da nova fase da produtora, e as realiza com competência, com um bota-fora excelente para a querida personagem, que além de humanizá-la, apresenta detalhes de sua saga até tornar-se a Viúva Negra. Com uma narrativa interessante que se passa depois da personagem romper com os Vingadores e seguir caminho solo, após Capitão América - Guerra Civil, se entrelaçando às da fase anterior, e as interliga as das novas fases.
O roteiro é muito bem desenvolvido, repleto de cenas de ação eletrizantes, mas, nada além de mais do mesmo, apesar de cativar a atenção e não fazer feio. Seria o começo do fim para as sagas Marvel? Ou, apenas um início sem mostrar a que veio ou apontar em direções mais assertivas, apresentando apenas novas personagens para futuras aventuras? A cena pós-crédito diz muito nesse sentido e interliga a estória com aquelas do novo Capitão América. Viúva Negra tem também a seu favor, a pouca imersão no politicamente correto, mas há, e a pequena presença de narrativas nesse sentindo, atendo-se à exploração de mulheres.
David Harbour e Rachel Weisz sustentam o filme com atuações diferenciadas e excelentes, ambos o salvam do marasmo. Scarlett Johansson está ótima na personagem, justificando a humanização dessa nas estórias seguintes. Florence Pugh cria uma personagem interessante, mas a preocupação em diferenciá-la da protagonista foi exagerada. A direção de Cate Shortland é surpreendentemente muito boa para sua pouca experiência, mas não melhor do que as já vistas em filmes Marvel. Os critérios técnicos seguem os altíssimos padrões do estúdio, mas poderiam, nesse caso, fugir um pouco da linha de produção e fazer algo mais personalizado e distinto, já que a Viúva não mais retornará.
#ViuvaNegra é mais um filme da Marvel, que parece ter uma linha de produção da qual muito não se desvia, que começa a cair no lugar comum, no costumeiro. Resta saber quanto tempo até despencar no marasmo. Vale assistir em uma sala de cinema para aproveitar todo o impacto visual do filme.

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