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O Monge e a Espingarda – Butão -2023

  • Foto do escritor: Cardoso Júnior
    Cardoso Júnior
  • 29 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de mar. de 2024



Eis mais um daqueles casos raros e felizes no qual o cinema nos ensina um pouco mais sobre esse mundão de Deus com seus povos, costumes e culturas. O Butão, o minúsculo reino budista situado no extremo leste do Himalaia, também conhecido como o “País da Felicidade” concorreu a uma vaga no Oscar 2024 com esse singelo trabalho do mesmo diretor que nos deu o mais que delicado “Um Iaque na Sala de Aula” ( 2020) que você pode ler aqui, também indicado ao Oscar.


Situando a estória no ano de 2006 quando o reino se abre para o mundo aceitando a modernidades como a TV e a internet e o rei abdica para implantar um regime de eleições democráticas para um povo basicamente rural que nunca votou, não sabem como e ainda preferem serem governados pelo rei já que não entendem o que a tal nova democracia pode fazer por um país que, segundo eles, é repleto de felicidade.

E nesse processo eleitoral, uma série de sutis questões (criticas) ao sistema nos deixa com um sorriso no rosto levando-nos a várias reflexões.


Interessantemente, o pano de fundo corre paralelo aos esforços do governo para ensinar a população votar, centrando a narrativa na jornada de um monge incumbido pelo seu mestre de conseguir uma arma de fogo para a cerimônia da lua cheia que acontecerá em 4 dias. E é nesse viés que tudo fica bastante e ingenuamente divertido. Na disputa que acaba sendo gerada por essa única e preciosa arma.


E é exatamente nessa parte que o roteiro nos leva para uma comédia de situações, ingênua sim, mas divertida, que de quebra, nos mostra a integridade de um povo onde a palavra é suficiente para qualquer situação, a delicadeza generalizada de toda uma população e a felicidade intrínseca pelas pequenas coisas que envolve toda uma comunidade e nação ainda regida por princípios básicos e fundamentais do budismo.


Assim, #OMongeeaEspingarda com sua belíssima fotografia, fica bem distante de um cinema potente, contudo, é na delicadeza de trato desse povo considerado o mais feliz do mundo que encontramos a simplicidade da vida em todo o esplendor de sua beleza terrena e espiritual.

Vale muito atentar pra ele.



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