Classificado entre os 15 semifinalistas ao Oscar 2022 na categoria Melhor Filme Internacional, #ElBuenPatrón, apresenta-nos um roteiro muito simples e linear, dividido em dias de uma semana, (que acaba alongando um pouco a estória) para tecer uma leve, gostosa e inteligente sátira ao sistema capitalista.
Com poucos personagens, toda ação recai sobre os ombros de um magnífico Javier Bardem numa performance memorável, representando um sistema delicada e gentilmente opressor com as classes mais baixas (os operários), sem nunca pretender entrar mais fundo na nessa contextualização, preferindo a rota de um “suspense” muito agradável.
Tecnicamente irrepreensível, #OBomPatrão, tangencia de maneira inteligente sobre o equilíbrio necessário para que o poder permaneça estável independente de contingências adversas que sempre são contornadas com paternalismo, sempre visando seu obstinado controle e sucessos mesmo que necessário seja lançar mão de valores e de éticas duvidosas.
Sem grandes pretensões, é um trabalho interessante de se acompanhar principalmente pela atuação memorável de Bardem. Assim, olho vivo nas inúmeras e ótimas metáforas nem que seja para uma boa e descomplicada diversão.
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