O candidato da Lituânia ao Oscar 2021, parte de uma ideia interessantíssima sobre: diante de uma iminente ocupação do país seja pela Polônia, Rússia ou Alemanha, em 1939, por que não comprar uma grande extensão de terras em outro continente (Brasil, Angola, Canadá ou mesmo Alaska), para transferir grande parte da população para uma ‘Nova Lituânia", para salvar e preservar a cultura de um povo.
O cineasta estreante, Karolis Kaupinis, acerta na proporção de tela 4:3 para criar a atmosfera de um país comprimido, na opção pelo preto e braço com contrastes, no meticuloso designer de produção, mas erra no uso excessivo da câmera de mão e na aceitação de um roteiro que, embora ficcional, já tivesse tudo para se desenvolver dentro da originalidade sem a inserção de alegóricas subtramas.
Com densas interpretações, #NovaLituânia tinha tudo certo para tornar-se um trabalho diferente e até profundo no que tange o acompanhamento da aliança entre dois homens na confecção de um plano mirabolante para gerar um golpe institucional no país, entretanto, a subtrama “familiar”, buscando analogias de uma casa, família, com um país, não funciona pelas inúmeras pontas soltas pondo em imenso risco todo o potencial fílmico.
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