Analise nº 1.668
Produções da Netflix e filmes sobre futebol são trabalhos que sempre nos chegam dentro de um formato nada inovador como se tirados de uma mesma forma sempre com bela aparência, mesmíssima receita e sabor conhecido, previsível, adoçados na dose certa, sem recheio, mas para serem servidos a toda família como entretenimento palatável. Uma bonita broa de milho para resumir.
O roteiro é totalmente inspirado na Copa do Mundo dos Sem-Teto, realizada anualmente desde 2003, que é um torneio internacional de futebol de rua que ocorre em várias cidades ao redor do mundo, onde o roteirista Frank Cottrell-Boyce, baseou-se em histórias reais dos jogadores para criar os personagens deste longa.
O evento reúne 70 países membros que usam o futebol para tirar os sem-teto do isolamento voluntário ou involuntário em suas cidades, ofertando-lhes através de muito treino, hospedagem e alimentação uma segunda chance de reintegração social.
Isto posto, #TheBeautifulGame, não é só um filme para amantes do esporte e sim uma estória com ótimo roteiro, nada previsível e bons personagens que foca não só na disputa da copa mencionada, mas também nas relações interpessoais entre os atletas e pode capturar o espectador pela empatia que desperta facilmente com suas incríveis, e sofridas histórias de vida.
Dirigido pela britânica Thea Sharrock que há pouco nos deu o delicioso “Pequenas Cartas Obscenas” que você pode ler aqui, o roteiro mergulha fundo esmiuçando muitas personagens complexas sem esquecer de várias tiradas realmente divertidas – principalmente pelo time do Japão e pela freira treinadora da seleção da África do Sul – e ainda conta com o ator em franca ascensão, Micheal Ward, que vimos no ótimo “Império da Luz” que você pode ler aqui.
Com tomadas belíssimas das ruas e monumentos de Roma #JogoBonito ainda que tenha seus problemas de ritmo e edição, resulta em um produto bonito que certamente entreterá mentes e corações numa tarde ou noite fria de inverno, afinal, "Não nos salvamos sozinhos; salvamos uns aos outros"
TRAILER
Comments