Analise 1.745

Baseado na história real da ascensão meteórica, queda dramática e ressurgimento do astro pop britânico Robbie Williams, essa biografia se diferencia pela paródia feita ao gênero biográfico musical com a inserção de efeitos visuais que poderiam dar muito errado, mas que se tornam a alma e as emoções de todo o filme.

Indicado ao Oscar 2025 e ao Bafta na categoria de Melhores Efeitos Visuais, a história do mega astro que começou na adorável banda inglesa Take That, nos anos 1990, a qual deixou em 1995 para tentar carreira solo, aproveitando seu enorme sucesso no Reino Unido, Europa e Austrália, mesmo não tendo alcançado êxito Nos EUA e menos ainda em terras tupiniquins, é muito, muito mais que apenas um truque visual.

O diretor e roteirista, Michael Gracey, acompanha a juventude de Williams, sua ascensão, queda e retorno representando-o como um chimpanzé em CGI dublado por um ator de captura de movimento, um músico e o próprio Willians, o que poderia fazer do filme um completo desastre, mas acaba sendo seu melhor e maior encantamento dentro de um trabalho bombástico, com ritmo eletrizante e deslumbrantes números coreografados – A cena da dança no convés do iate é antológica – bem como a sequencia com centenas de coadjuvantes no meio da Regent Street de Londres que entra pra história fazendo de filmes como Rocketman e Bohemian Rhapsody apenas biografias musicais levemente interessantes.

Embora concorra com filmes como: "Alien: Romulus", "Duna: Parte II","Planeta dos Macacos: O Reinado" e "Wicked”, Better Man é, na minha opinião um dos melhores filmes biográficos musicais da atualidade e seria muito mais se suas 2 horas e 16 minutos fossem mais enxutas.
Vale muito, muito ver!!!
PS: Para que não fique inexplicada a opção da direção pelo símio, explico que ele vem de uma conhecida declaração do próprio Robbie que declarou: “Quando me apresento diante de grandes multidões me sinto como um macaco em exibição”.

TRAILER:
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