Inegavelmente é muito bem fotografado, bem editado e também, notadamente, bem dirigido (para o bem e para o mal) exibindo técnicas muito bem orquestradas para fazer um elogio crítico à antiga Hollywood com algumas pitadas rápidas de humor e muita sátira com momentos desnecessários de escatologias.
Damien Chazelle, que também roteiriza o filme, opta por um roteiro onde pode focar os exageros e desfocar para algo próximo das alucinações babilônicas compondo uma obra pretenciosa, afetada, estapafúrdia repleta de muito sexo, álcool, drogas ao som de muito jazz.
Esse é o tipo de longa onde as referencias não poderiam faltar e elas estão lá em abundancia, mas nem todas funcionam e a maioria parece perdida em meio a superabundância egóica de produzir algo espetaculoso para impressionar, mas que acabam por desviar a atenção da ótima ideia original quase resvalando para o desinteressante.
Indicado em três categorias ao #Oscar2023, (Trilha Sonora, Figurino e Design de Produção), #Babilônia, tem a sorte de contar com a sempre talentosa Margot Robbie que praticamente mantem o pico de interesse na continuidade da obra numa atuação realmente impressionante.
Por certo que existem momentos talentosíssimos do grande diretor e ótimas realizações nas três horas de projeção, se o roteiro não largasse tantos personagens pelo caminho, tivesse tantas relações mal desenvolvidas, e se perdesse em si mesmo, mal conseguindo administrar tantos excessos e orgias visuais.
Saudades de La La Land.
Comments