#AquelesQueMeDesejamAMorte é um filme de ação que peca pela mesmice, por não ousar e por um roteiro mal escrito, apesar de contemplar todos os elementos presentes em estórias bem sucedidas: uma heroína conturbada por um drama do passado, vilões do “establishment”, um jovem em apuros, entre outros. O texto lembra muito o filme O Cliente, com Susan Sarandon e o falecido Brad Renfro, inovando mais nas locações, supostamente nas florestas de Montana, em meio a incêndios florestais, e sem grandes diferenciações. Os vilões são mau escritos e óbvios desde as sua primeira cena, muito antes da explosão, dificultando muito o trabalho de Nicholas Hoult e Aiden Gillen. O mesmo pode ser dito da personagem Ethan, mas Jon Berntal tem a sorte de interpretar um mocinho, mais fácil de construir de pouco estofo. Os conflitos se resolvem de forma simplória sem grandes explicações, vide personagem de Tyler Perry, alguns ângulos permanecem abertos, tornando difícil acreditar que a eximia competência dos vilões deixaria tantas pontas soltas do início ao fim do filme, deixando de ousar, como seria se optassem pela morte da personagem Allison.
A direção de Taylor Sheridan, um dos roteiristas, é muito boa, mas sofre também com as falhas no roteiro. Angelina Jolie tem atuação competente, mas sem destaque, que fica para o jovem Finn Little, no papel de Connor, o jovem perseguido pelo “establishment”. Nicholas Hoult, Jon Bernthal, Aiden Gillen e Medina Senghore sofrem com a superficialidade de suas personagens. Critérios técnicos são todos bons, mas a fotografia, dado o belíssimo cenário nas montanhas, poderia ser muito melhor.
Um filme de ação comum, sem grandes atrativos, que conta uma estória vistas muitas vezes antes, com final nebuloso é o que traz o insosso #ThoseWhoWishMeDead, um título bastante desconexo da trama.
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