Representante da Islândia no Oscar 2019 e vencedor do Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2018, #WomanatWar, é daqueles trabalhos que surpreendem já na primeira cena e seguem encantando e prendendo o expectador até seu fechamento numa dramática e impressionante cena final.
Não é à toa que a indústria e o circuito comercial, de mãos dadas para emburrecer cada vez mais o público, joguem pra escanteio esse tipo de produção originalíssima até que possam copiar, reembalar e apresentar a uma platéia menos atenta como produto “made in Hollywood” para faturarem em cima dos desavisados. Não aceitem imitações, busquem sempre o que é original!
O potente tema do ativismo ambiental tratado através da jornada ideológica da incrível e mais que carismática protagonista, a mulher comum, de meia idade, que empreende uma guerrilha anônima, silenciosa e solitária contra a indústria local e que acaba por fugir do controle atingindo dimensões internacionais, é deliciosamente narrado - sem pretensão alguma- por um molde narrativo que transita pelo surreal para pontuar tópicos contemporâneos como: política, econômica, sensacionalismos da imprensa, graves questões climatológicas e humanitárias do mundo atual.
Muitos temas? Sim, mas tratados de forma leve, irresistível e originalíssima. Cinema na essência; heroína de carne e osso.!
Com uma banda sonora espetacular que participa ativa e genialmente da estória, fotografia impressionante das belíssimas paisagens dos planaltos Islandeses, rigorosa precisão nos enquadramentos e montagem, tem seu ponto forte na atuação catártica da atriz principal dividindo-se em duas personagens “aflitas” para mudarem o mundo em uma trama simples que costura com a linha da ironia diferentes perspectivas de como salvar nosso planeta.
Assim, #Konaferístríð, que nos coloca em constante estado de alerta em seus rápidos cem minutos, é um exemplo do que há de melhor no cinema mundial e na tão questionável humanidade.
Ps: Infelizmente disponível apenas em VOD,
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