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  • Foto do escritorFábio Ruiz

Máquinas Mortais – Nova Zelândia – 2018

Atualizado: 7 de ago. de 2020


Baseado no romance homônimo de Philip Reeve, Máquinas Mortais padece da presunção de ciência da obra original, que, um tanto desconhecida, prejudica a empatia com a história cinematográfica, cujo roteiro peca ao estabelecer cenários especialmente para quem não o havia lido, e o desconhecimento das personagens e da narrativa só começa a ser sanado depois do meio da projeção, quando muitos ou já deixaram a sala de projeção, ou não estão mais receptivos ao entendimento.

Adicionando ao cenário, apesar do trabalho competente dos atores, o nome mais proeminente do elenco é Hugo Weaving, o agente Smith de Matrix e o Elrond dos filmes baseados em Tolkien, dificultando ainda mais a identificação e afinidade do espectador com a obra. Apesar disso, Máquinas Mortais é um filme grandioso, muito bem dirigido, com um belíssimo trabalho de criação em todas as áreas e imagens impressionantes, e, se o espectador reservar alguma paciência, conseguirá se conectar com a trama e aproveitar a aventura.

Apesar da insipiente adaptação do romance, que até quase o final da projeção, introduzia, sem explicações, personagens novas de quem nunca se ouvira falar, a direção, a fotografia, a música, a edição, os figurinos e os cenários são excelentes. Hugo Weaving entrega um vilão diferenciado apesar de sua voz marcante. Robert Sheehan, o Tom, transmite a ingenuidade necessária à personagem e a evolui de acordo com a narrativa. Hela Hilmar não alcança o protagonismo necessário e Jihae, a Anna, e Ronan Raftery, Bevis Pod, se destacam no competente elenco coadjuvante.

Um filme com um grande potencial, desperdiçado pelo roteiro enviesado pela premissa de conhecimento prévio do romance, é o que traz#MáquinasMortais, que não deixa de ser um filme imponente.

TRAILER


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