O candidato da Holanda a uma vaga no #Oscar2019, mesmo tendo sido produzido para a TV, em nada fica devendo as grandes produções cinematográficas.
Ao abordar uma história real “escondida” pelo governo holandês por se tratar de uma gigantesca fraude bancária ocorrida no período da ocupação nazista em Amsterdã, eis um trabalho que se desvia das cenas de guerra focando exclusivamente nos bastidores dela nos mostrando que também foi possível lutar bravamente contra a opressão através do sistema monetário, fortalecendo a resistência em vários países.
Assim, o premiado diretor, Joram Lursen, monta um roteiro sólido baseado na vida do banqueiro Walraven van Hall e de seu astucioso e bem sucedido plano de financiar a resistência movimentando secretamente quantias astronômicas na casa dos E$ 500 milhões bem nas barbas da inteligência nazista produzindo um thriller com muitos e bons momentos de tensão.
Amparado por consistentes interpretações, é de se notar a brilhante direção de arte reconstruindo o período histórico, seja na cenografia, nos figurinos e no refinamento da fotografia em tons de sépia desbotada fazendo contraponto com a contraluz de algumas cenas entregando um resultado plasticamente enérgico.
Ainda que a complexidade do plano financeiro possa escapar de espectadores menos atentos, a veracidade de seus mecanismos é muito bem desenvolvida (jamais indo pro terreno da ficção ou do inverossímil), criando em seu andamento, amplificado pela ótima trilha sonora, uma tensão crescente ainda que o ritmo oscile em algumas partes sem comprometer o todo.
Isso posto, #OBanqueirodaResistência merece ser visto pelo argumento inovador, suas qualidades técnicas e, claro, pelo potente drama recheado de tensões e verdades sobre os verdadeiros super-heróis; aqueles sem capas, espadas e super poderes que salvam de fato a humanidade.
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