top of page
logo.png
  • Foto do escritorFábio Ruiz

Papillon – EUA – 2018

Atualizado: 22 de ago. de 2020


Henri Charrière, o Papillon, é preso injustamente pelo assassinato de outro criminoso e enviado à colônia penal na Guiana Francesa, onde conhece o frágil Louis Dega, com quem estabelece a mais improvável das amizades, iniciada em um contrato de proteção, e de onde tentará, incessantemente, fugir.

O roteiro de Aaron Guzikowski, baseado no romance de Henri Charrière e no roteiro do primeiro filme de 1973, estrelado por Steve McQueen e Dustin Hoffman, é simples e funcional. Sem grandes reviravoltas, a trama analisa, no contexto da época e da situação, 1931, uma colônia penal na Guiana Francesa, de onde pouquíssimos prisioneiros retornaram à França, e que era punição tanto para os condenados, quanto para aqueles que a administravam, as relações humanas, entre administradores e presos, as improváveis amizades entre os os últimos, e a crueldade que advém do poder soberano e isolado concedido àqueles que eram responsáveis pela conduta e coerção dos presos.

A direção do dinamarquês Michael Noer é surpreendentemente muito boa para um diretor, cuja maior experiência é em documentários, conseguindo diferenciar o seu filme do primeiro, com enquadramentos e enfoques distintos. Fotografia e arte são excelentes, vide a reconstrução de época em Paris no início do filme. A música adiciona tensões à trama e a edição é ótima.

Charlie Hunnam explora muito bem as tensões cênicas, mesmo quando está completamente isolado e os conflitos são de natureza interna com o ambiente. Nitidamente, melhor ator do que o Steve McQueen, consegue distinguir muito bem o seu trabalho do primeiro. Rami Malek tem o desafio maior de assumir o papel que foi do excelente Dustin Hoffman, mas sendo quem é, também cria uma personagem sua, própria, distinta; o resto do elenco é competente, realce para Yorick van Wageningen, como o perverso diretor da colônia.

Papillon é, talvez, o tipo de filme para o qual um remake seja bem sucedido, uma ficção biográfica. Michael Moer consegue realizar um filme distinto e interessante de uma história já filmada. Vale assistir.

PS: Em cartaz.

TRAILER

bottom of page