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Foto do escritorCardoso Júnior

Euforia – Suécia - 2018

Atualizado: 21 de ago. de 2020


O que se faz com um filme quando se descobre que no elenco estão: Alicia Vikander, Eva Green, Charlotte Rampling e Charles Dance? Corre-se pra ver, claro! E, assim, comprova-se mais uma vez que elenco não é garantia de um bom longa. Mesmo tendo feito sua estréia no Festival de Toronto / 2017, a nova parceria de Vikander com a diretora/ roteirista Lisa Langseth (Pure-2010 e Hotel Terapêutico- 2013), ainda que transite pela interessante e complexa premissa do direito a eutanásia, simplesmente não funciona em nenhum aspecto.

Com tema e elenco de tal calibre, era de se esperar que a narrativa trágica viesse coroada de emoções grandiosas que provocassem empatia do público para com as protagonistas e seus fortes dramas pessoais, algo que nunca acontece muito por conta da total falta de química entre Vikander e Green que conseguem, sem amparo do roteiro, dissolver toda e qualquer comoção ou mesmo engajamento da platéia numa conjunção de cenas repetitivas e até constrangedoras oscilando ora entre o que parece ser uma ficção científica, ora uma sátira social com algumas pitadas de humor negro perdendo a ótima oportunidade de provocar reflexões sobre o sentido da vida descambando para um dramalhão convencional.

Visualmente, Langseth faz um bom trabalho através da bela fotografia, mas erra a mão nos figurinos, na trilha sonora exagerada, nos diálogos repetitivos configurando-se na perda de uma grande oportunidade de aprofundar-se nos temas sobre o resgate emocional de uma irmandade conturbada e de mergulhar mais fundo na questão da mortalidade.

Embora Alicia ainda consiga compor uma personagem com certa complexidade dramática, a fraca estrutura do enredo com sua falta de ousadia, mesmo com as estrelas em questão, redunda em decepção.

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