O que leva um cinéfilo ao cinema? Entendemos que elenco e diretor são os dois principais fatores de motivação, mas será que eles são garantia de um trabalho espetacular? Nem sempre. Na verdade, pode ser uma grande decepção. Então, o que dizer do ótimo Wim Wenders (Asas do Desejo, Paris, Texas, O Sal da Terra), dirigindo a adaptação de um Best Seller com Alícia Vikander e James McAvov no elenco? . Parece ter todos os ingredientes para algo, pelo menos, muito bom, não? Não... exatamente!
Há outro fator importantíssimo e essencial no cinema chamado roteiro e, quando este falha, não tem direção nem elenco que possa salvar a obra como um todo. Ok, que atuações e parte técnica também contam pontos nessa conjuntura, mas não são o bastante para salvar uma obra, talvez sejam apenas elementos para tirá-la da categoria de desastre total.
E é exatamente isso que acontece no morno “Submergence” que chega aos cinemas em 19 de abril/18, com uma trama dividida entre os dois ótimos protagonistas que acaba comprometendo o conjunto de tal forma que o conduz a um final decepcionante em todos os sentidos. Mesmo em seu miolo narrativo, algumas explicações técnicas proferidas pela personagem de Vikander, deixam o mais douto expectador no ar tentando acompanhar a ciência, já quebrando o pico de atenção, enquanto a mistura de romance, suspense e religião não pendem para lado algum deixando-nos com a sensação que a costura dos elementos falhou miseravelmente.
Ok que a atuação de Vikander em par romântico com McAvoy proporciona bons momentos de atuações e química, mas em raras ocasiões encontramos uma cena que os catapulte ao estrelato que ocupam e, ainda que tecnicamente seja irrepreensível e tenha belíssimas locações, isso é apenas o suficiente para uma razoável experiência cinematográfica. Lamentável.
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