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  • Foto do escritorFábio Ruiz

Château – Paris – França – 2017

Atualizado: 18 de ago. de 2020


Charles e Bébé, afrodescendentes, líderes de grupos rivais, trabalham nas ruas persuadindo mulheres a frequentarem os salões que representam. Contudo, Charles, “como o príncipe”, está disperso, pois tem outros planos além de trabalhar as ruas, e o seu lapso fará irromper os conflitos que se seguem.

O roteiro é leve, simples e ágil. Quando Charles, preparando-se para seus novos planos, transfere a responsabilidade de vigiar Sônia, também afrodescendente, namorada de Dan, um francês assintomático ou, se preferir, insólito, e único representante dos colonizadores no filme, para Moussa, novas tramas são reveladas, acirrando a competitividade dos grupos rivais e de seus líderes. A direção é boa, conseguindo imprimir, nitidamente, o vigor do roteiro e as particularidades do bairro, composto, basicamente, de imigrantes de todas as sortes. A fotografia confere ares de terceiro mundo à Cidade da Luz, contextualizando perfeitamente as origens da miscelânea que habita o bairro; idem para a música e a arte, que completam a caracterização de Château, e a edição é eficiente.

No desenrolar da trama, curdos, indianos, chineses, afrodescendentes de diversas origens e os preconceitos, que há entre os diferentes grupos, são elucubrados com bastante humor e oportunidade, ilustrando a intolerância comum a todos, além da ação de Paris em suas culturas, visto o galã Charles e seus ternos “de marca” e a ação dessas que ocultam Paris em Château estampando uma ilha estrangeira no coração da Cidade Luz. Reparem, também, na hilária cena em que Sônia, acompanhada de Charles, negocia com um casal indiano a compra de mechas de cabelos.

Uma boa opção para o fim de semana prolongado.

TRAILER

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