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Seu Amor Faz a Água do Banho Ferver – Japão 2017

  • Foto do escritor: Cardoso Júnior
    Cardoso Júnior
  • 11 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de ago. de 2020


O que você faria se soubesse, num repente, que tem apenas poucos meses de vida? Pense nisso... O indicado pelo Japão para concorrer a uma vaga no Oscar 2018, é baseado no blog verídico de uma mãe terminalmente doente e é de derreter o mais duro dos corações, mas não, não é um melodrama apelativo ou chantagista em momento algum, já que o escritor e diretor, Nakano Ryota, em seu segundo longa, cria, a partir de uma família disfuncional, um poderoso e delicadíssimo drama repleto de pequenas sutilezas, exercendo perfeito equilíbrio entre a tragédia a delicadeza e a comédia. É claro que uma platéia colonizada pela velocidade dos entretenimentos ou bobagens Hollywoodianas, certamente não terá paciência para a mais lenta cadência narrativa do cinema oriental, mas se não for esse o seu caso, você irá mergulhar numa história belíssima, não sobre doenças, mas sim, sobre a força do verdadeiro amor, da perseverança, coragem, reconstrução e superação que somente as mulheres são capazes de empreender. Sim, Nakano introduz um elenco feminino de autênticas super-heroínas, sem super poderes, nem capas e muito menos espadas e dá um show particular na direção de atores principalmente com o elenco infantil que é de arrepiar e emocionar tamanha a veracidade interpretativa das crianças. Através de uma ótica condutiva muito peculiar onde, a emocionante experiência não se encontra nos planos fechados ou expressões faciais e sim, nas ações de cada um dos personagens e, principalmente, na força dos diálogos travados, trata com maestria questões como família, casamento, irmandade, bullyng escolar e maternidade. Não é pouco! A genialidade da direção de atores e da forma narrativa faz com que nos identifiquemos profundamente com todas as personalidades, mesmo os peculiares coadjuvantes, fazendo com que nos importemos com eles, com que tomemos para nós suas dores e dúvidas e, inevitavelmente, torçamos, o tempo todo, por eles. Lindo! Ao nos contar, logo no início, o fim da protagonista, o roteiro transfere o núcleo emocional para as viagens que cada indivíduo deve fazer, reservando-nos sim, algumas boas surpresas ao logo das jornadas e, ainda conectando insuspeitas pontas soltas - de maneira sempre terna-, criando uma genuína experiência humana sobre o que fazer e como fazer quando se está perdido diante do irremediável. Estranhamente mas pertinentemente intitulado, “Her Love Boils Bathwater” é um trabalho que toca corações sem produzir amarguras, muito pelo contrário, dói sim, mas nos deixa bem feliz por conhecê-lo. Parabéns, Japão!

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