Proveniente dos estúdios Laika, (que ano passado nos brindaram com o ótimo “Os Boxtrolls”) e que prima por inserir maior conteúdo em suas narrativas sem perder o universo da magia lúdica, “Kubo” investe na arte dos contadores de histórias – algo que quase tem morrido no atual mundo imediatista- e não faz feio em momento algum.
Utilizando-se da cultura oriental de forma ocidentalizada, mas respeitosa com as tradições, a estória pequeno Kubo filho de um guerreiro samurai com uma poderosa feiticeira, não olvida do mundo fantástico das lutas de espadas, de poderosos feiticeiros, das músicas e da milenar arte da feitura dos conhecidos origamis, que criam formas e vidas com um preciosismo visual surpreendente.
Sem medo de inserir dentro da narrativa temas mais profundos que geralmente não são inclusos no mundo das animações, (característica dos estúdios Laika), Kubo cria personagens com altíssimo poder de carisma junto ao público infantil ou não, e conquista não só simpatia e empatia imediata com altíssimo poder de emocionar.
Com um estilo de construção visual que foge ao tradicional das animações, mistura com sucesso o stop-motion com 3D gerando muita realidade dentro do imaginário inserindo cores e luzes que beiram o natural enquanto fantásticas.
Originalíssimo na proposta de resgatar e reafirmar a necessidade de se manter viva a tradição de estórias que são contadas de geração em geração através da tradição oral, “#Kubo” ainda nos brinda com interessantíssimas cenas pós-créditos onde são reveladas a construção e feitura da estória apresentando, para além das emoções, uma verdadeira aula sobre como fazer uma animação de peso.
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