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Foto do escritorCardoso Júnior

Deserto- México -2016

Atualizado: 17 de ago. de 2020


O indicado do México para concorrer a uma vaga no Oscar 2017, é magistralmente tenso.

Partindo de um plot absurdamente simples, mas atualíssimo, (a delicada questão dos imigrantes), ainda que não traga maiores sub-textos para a sensível questão, não há como negar que sua construção resulta em um roteiro muito ágil e é um dos melhores filmes de ação/ suspense do ano.

O que salta aos olhos é a evidente preocupação da certeira direção de Cuarón de não focar muito em dramáticas subtramas existencialistas em detrimento dos espetaculares takes no nível dos olhos que transportam o espectador literalmente para dentro da estória e da fotografia panorâmica com imagens de tirar o fôlego em algumas sequências de sentar na ponta da cadeira.

As questões mais criticas ao cerne da situação estão lá sim, seja na amostragem crua sobre a insensibilidade dos transportadores de imigrantes, na conivência e indiferença da polícia da fronteira em contraponto com o lado humano e solidário dos que buscam por melhores oportunidades em terras estrangeiras; mas, inteligentemente, não são o foco prioritário.

Com respeitosos 94 minutos e sequências em tempo real, a velha brincadeira de gato e rato, caça e caçador toma, desde o início, o tom de Thriller com todos os ingredientes de um ótimo suspense visceralmente eletrizante.

Os conhecedores do bom cinema, fatalmente lembrarão, ainda que vagamente, de emoções similares no Cult “Encurralado” dirigido por Spielberg em 1971, embora “#Desierto” com sua aridez temática, pontual e estética configura-se em um ótimo exercício com muito mais adrenalina na veia.

De quebra, Gael García Bernal em ótimo desempenho; pra que pedir mais?

TRAILER

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