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Foto do escritorCardoso Júnior

À Beira Mar - EUA - 2015.

Atualizado: 31 de jul. de 2020


Após grande “dificuldade” em assistir de forma contínua este drama, chegamos a algumas conclusões sucintas: Méritos para Angelina por correr o risco com um projeto totalmente fora do Hollywood style com uma pegada mais para o cinema Europeu, mais especificamente o Francês, onde os dramas (psicológicos), estão mais nos interiores das personagens que propriamente explicitados nas situações. Ponto. Também encontramos alguns acertos na direção de arte remetendo aos anos 70, nos figurinos e locações bonitas no interior da França, mas nada muito além disto uma vez que, o roteiro, picotado em cenas curtas e cortes bruscos, retira qualquer possibilidade de empatia com a narrativa e com o drama-suspense pretendido. Ok, que tal edição em fragmentos é um artifício inteligente para tocar uma estória bastante monótona para frente, mas funciona apenas parcialmente. Pena que o suspense-segredo que carrega a protagonista e a faz mover-se, é algo tão sem graça que, uma vez revelado, provavelmente vai te causar um muxoxo quando contado só ao final de muitos silêncios e tediosas situações. Jolie faz muito bem uma mulher deprimida que, a primeira vista, parece arrogante, mas sempre meticulosamente bem penteada, maquiada, vestida, linda e vaporosa em camisolas provocantes e banhos de banheira sensuais. Nunca vimos alguém deprimido tão bem produzido, enfim..... Jolie é a Deusa-musa enigmática e não se assuste se, em determinado momento, você se pegar torcendo para que o marido a mande às favas com todas as letras, mas isso é algo positivo na construção da sua personagem. Brad a acompanha em um tom mais acima, entre tapas, beijos e porres homéricos enquanto um barquinho vai e vem, vem e vai no horizonte azul da cor do mar...que vai e vem...sem parar... Ok, que desta feita seja um roteiro com pretensões maduras, com ponto de vista realista sobre o amor e formas de se manter um casamento em crise com frases aqui e ali tendenciosas a grandiloquência oca e boas doses de voyeurismo pseudo-erótico. Enfim, “By the Sea” é um risco de audácia autoral que merece respeito sim, pena que só quase funciona, mas conta com boa direção e trilha; um exercício quando você descobre que : “É preciso nadar de acordo com as ondas”, caso você não tenha adormecido na areia.

TRAILER

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